O negócio Iraque

O negócio Iraque

No dia 04 de Janeiro tomaram posse os novos congressistas americano. Com uma maioria democrata, ou seja, contra Bush, foi eleita Nancy Pelosi como a primeira mulher presidente da Câmara dos Representantes nos 218 anos da sua história.
Agora em meio a campanha de sucessao presidencial dos EUA, o tema da Guerra do Iraque ocupa um papel central e passou a ser investigado. Imediatamente duas revelacoes “bombásticas”:

- 12 bilhoes de dólares autorizados pelo congresso americano para a “reconstrucao” do Iraque, foram desviados. Parou nas maos de ministérios iraquianos (que em plena guerra destinaram a salários fantasmas), para ex – oficiais americanos, para contratistas privados que nao prestaram servico e muito desse dinheiro pode ter acabado nas maos de insurgentes. Sao 363 toneladas de dinheiro enviadas entre 2003 e 2004. Esse dinheiro nao saiu do tesouro americano, pertencia a um fundo do próprio Iraque, o programa da ONU “Petróleo por Alimentos”, criado em 1996 depois da invasao do Kuwait e que já em 2005 haviam fortes suspeitas de corrupcao.

- Outra revelacao foi de que o servico de inteligencia mentiu no relatório ao senado, para justificar a invasao do Iraque, pois nao havia nenhuma prova da ligacao entre o governo de Saddam Hussein e a organizacao terrorista Al Qaeda, responsável pelo ataque de 11 de setembro.

A pesar dos protestos e da impopularidade, até aquí o governo Bush, que teve entre seus maiores financiadotes de campanha empresários ligados a negócios com Petróleo, seguiu sua “guerra de conquista” como denominou o sociólogo americano James Petras. Somente agora os políticos americanos colocam o assunto no centro da pauta e parece que vao travar esse avanco.

Financiamento de campanha, resultado eleitoral duvidoso, guerra para atender aos interesses dos finaciadores, corrupcao e mentiras, este é o modelo político americano.