segunda-feira, 12 de fevereiro de 2007

Adeus PFL, já vai tarde.

Adeus PFL, já vai tarde.

O PFL, fundado em 1985, depois da indicacao José Sarney como vice de Tancredo Neves na eleicao indireta daquele ano, uma estratégia de Aureliano Chaves (vice de Figueiredo), Marco Maciel e Jorge Bornhausen, contra Paulo Maluf, durou 22 anos.

Além dessas figuras, somou-se o ex -governador da Bahia ACM, todos políticos originário da UDN e ARENA e apoiadores de primeira hora da Ditadura Militar de 1964. Depois estiveram nos governos de Sarney, Collor, Itamar e oito anos de FHC. Há quem diga que o “PFL estava no poder desde 1500 com a chegada de Pedro Alvares Cabral” e saiu pela primeira vez com a subida do PT ao governo central.

Além de representante da extrema- direita da política brasileira na atualidade, tendo a maioria de seus ex - governadores processados por corrupcao durante seus mandatos, é um partido decadente que comecou com 118 deputados federais em 1986 e chegou em 2006 com apenas 65, chegou a eleger 14 senadores em 2002 e apenas 6 em 2006. Tem apenas um governador de estado e perdeu no seu maior reduto histórico (Bahia), ainda no primeiro turno, exatamente para o PT.

A mudanca de nome é a velha tática para mudar de imagem e tentar se recompor no cenário político atual. Nas últimas quatro eleicoes houve uma polarizacao entre PT e PSDB. O PFL cumpriu um papel de apéndice do PSDB, fez o “trabalho sujo” e foi perdendo espaco.

O cenário político brasileiro atual parece consolidar uma polarizacao entre dois grandes partidos: PT e PSDB, havendo espaco para mais um grande partido de centro: PMDB. Outro grupo de partidos médios vao se aglutinando de um lado ou de outro e o PD (Partido Democrata) será uma tentativa de sobrevivencia de alguns novos quadros do PFL, uma vez que as velhas raposas como ACM, Bornhausen e Marco Maciel devem desaparecer da cena política.

1 comentário:

Roda Gigante disse...

texto ficou bom para o PT para a Esquerda do PT, e péssimo para o PFL... hehehehe